Drops de Pimenta - Versão do Diretor

Wednesday, January 21, 2009

DANCE, MONKEYS, DANCE.

Foi falar no Chris Rock após ficar longo tempo sem pensar no homem que me deparei com um especial dele na HBO (que continua devendo nos filmes mas se revela nas séries e especiais).

Pensei que o número fosse unicamente sobre o Obama, o que não seria de se estranhar completamente já que o assunto política aparece quase tanto quanto o tema negro nas piadas do Chris. Imagine os dois juntos, pois. Mas não era só isso afinal. Como já é típico das apresentações dele se falou de diferenças, não só entre preto e branco mas também de homem/mulher, rico/pobre, gay/hetero, baixinhos/altos, gordos/magros. Tudo muito original, bem interpretado, um biscoito fino, ou grosso, como preferir.

Além de reparar que o nosso amigo anda de um lado pro outro sem parar, coisa que eu não tinha visto nos stand uppers daqui, não se pode deixar de notar a reação de platéia. E essa eu já tinha visto aqui sim e se repete em todo lugar. Muita gente histérica.

Fico perplecto com gente histérica, que bate a mão na perna quando ri. Aliás não ri, esperneia. Sempre bate palma, se escancara, sobe na cadeira e faz careta. Antes de acabar a frase e saber se vale a pena o pessoal já se contorce pra não sentir que perdeu dinheiro. E nisso num espetáculo vastamente engraçado. imagine o que eu não presenciei no show da Marcela Leal.

Sete Coisas que eu adoro em mim mesmo:

Sete coisas que faço bem: comentários engraçadinhos, dormir, escrever (vá lá), cantar, discordar, me desligar do mundo real e palpável, contar o que não deveria pra alguém.

Sete coisas que não faço e não sei fazer: correr, qualquer coisa relacionada às Ciências Exatas, aplaudir gente estúpida, esconder meus sentimentos, lembrar de onde eu deixei as coisas, cozinhar, acordar cedo.

Sete coisas que me atraem no sexo oposto: delicadeza, perfume, demonstrações de afeto (não precisam ser públicas. Obrigado, Orkut), companheirismo, senso de humor, maturidade, paciência.

Sete coisas que não suporto de jeito nenhum: Comunismo, Corinthianismo, falta de senso de humor (combina bem com os 2 primeiros), egoísmo (escorpianos, tremei!), arrogância, ignorância (personificada de forma ideal por vocês sabem muito bem quem não me façam tocar naquele nome de novo) , gatos.

Sete coisas que digo com freqüência: Quêêêêêê???? (única e exclusivamente para mamãe, que me solicita com sempre renovado vigor), Mas é... (querendo enganchar um novo tópico na discussão), Então (mesmo propósito), o famosíssimo .... (esquecendo o nome de alguém), Oi? (por preguiça de utilizar um termo mais comprido), Oh, c'mon! (perplexidade anglo-saxônica), Não. Não estou aqui não! Estou na selva africana caçando javalis. (Ou algo assim, no estilo Seu Saraiva), Já vou (completementando a primeira expressão da lista)

Sete coisas que me fazem rir: Nonsense (vide Monty Python, Family Guy, meu primo Nizé Silveira, Alexandre Soares Silva), Observações perspicazes de raparigos da Stand-Up Comedy, que não deixam de ser nonsense mas a gente vai achando normal (vide Jerry Seinfeld, Chris Rock, Pablo Francisco, Woody Allen, Rafinha Bastos, Fabio Porchat, Fernando Caruso, Marcelo Mansfield), Imitações (vide Marcelo Adnet, Beto Hora, Caquinha, Guilheme Santana e o outro cara lá do Quinta Categoria), Cócegas, Crianças sorrindo, lembrar da minha namorada, o Lula quando fala sério.

Sete constatações (in)úteis: Estou bastante gordo, minha casa ainda está uma zona, Obama é um robô, Lula é burro e inteligente ao mesmo tempo, Não consigo acordar cedo por vontade própria, muito pouca gente vai ler isso, imagine comentar, este post está parecendo do Zé.

Obs: Joguinho extirpado do blog Bubble Theory.

IMPONDERÁVEL:

Desabou de vez a minha crença em planejamento. Para os outros eu ainda julgo possível mas para mim não, violão. Pelo menos no Ano-Novo parecia que seriam zeradas as pendências, iniciadas outras coisas completamente novas ( sim, pois é possível iniciarmos coisas velhas, acredite). Foi sendo cada vez menos assim na minha vida.

Claríssimo pra mim que todo começo ou recomeço (no caso o Ano-Novo) é precedido por uma pré-temporada (O Natal). Balanço geral do último ciclo, reposição de energias com a tal família e fôlego pra daí a frente.

Pois o Natal me desgasta exageradamente. Esse ano por exemplo, teve novidade. Minha mãe foi hospitalizada ás vésperas. Sim, descobri que isso é possível. Pois a obrigacão da celebração clássica do Natal ficou esse ano mais atribulada, apressada, com sensação de mal-feita.

E esse ano que me é simbólico por fechar 10 anos da reconfiguração completa da minha vida, que me tornou muito mais amargo do que o meu temperamento ameno poderia imaginar começou difícil internamente, nas minhas entranhas. Surpresas chegaram até antes do reveillon e me desestabilizaram sim, não vou negar.

A tônica para o ano parece ser a moderação, o pé na terra, o trabalho de formiguinha.

Vanderlei Luxemburgo é coisa do passado, a moda agora é, Muricy Ramalho.